Foi na Fundação Cultural Calmon Barreto que nossa equipe começou as gravações em Araxá. A instituição fica em um belo prédio, onde funcionava uma estação de trem. Hoje, reúne o trabalho de várias mulheres tecelãs, em um resgate à tradição que remete às fazendas do período colonial. As irmãs Terezinha e Celina, por exemplo, aprenderam a tecer com a mãe. Em uma fazenda, na zona rural de Araxá, faziam todo o processo de tecelagem, desde a colheita do algodão.

O local também foi palco de uma bela apresentação da Guarda de Moçambique (quem estava por perto parou o que estava fazendo para presenciar esse momento especial). O Capitão, Jower, contou detalhes da festa que acontece há mais de 50 anos em Araxá.

Quem também conversou com a equipe do Minas da gente foi o Dalguito. Escritor autodidata e artista plástico, vive em uma casa com dezenas de cachorros e gatos, e é de uma família bem tradicional de Araxá. Ele contou como essas famílias tradicionais ajudaram a desenvolver a cidade e deu detalhes da culinária local. Quem também resgatou as origens de Araxá foi o indígena Edson. Indígenas habitavam a região há centenas de anos e inclusive deram o nome à cidade, que significa “lugar elevado”.

As águas termais atraem milhares de turistas a Araxá. Nas termas, parte do complexo do Grande Hotel, Patrícia Vale tocou mantras ao violão, no centro da mandala. Um convite para a reflexão e meditação, em um local cercado por oito banhos. Oito também é o número de vitrais no teto e pontas da mandala. E é com as energias renovadas que partimos de Araxá, rumo ao próximo destino, que você confere em breve por aqui.