Foi com um passeio no mar que começou mais uma viagem do Gerais+Minas. Pra quem está se perguntando “mas que mar? Estamos em Minas”, peraí que a gente explica. Minas pode não ter o mar no sentido denotativo, com água salgada, mas tem boas opções para o turismo náutico. E muito além de Furnas, conhecida como “Mar de Minas”.

Em Cláudio, o projeto Novo Mar de Minas está desenvolvendo o turismo na região da represa. A Usina Hidrelétrica de Cajuru fica no Rio Pará, entre Carmo do Cajuru, Divinópolis e Cláudio. Neste último está a maior porção de água. Na Vila Mattioli, às margens do rio, o Raphael levou a equipe do Minas da gente para um revigorante passeio de lancha.

A Vila fica no distrito Monsenhor João Alexandre. Como mineiro adora colocar nome nas coisas, o local é também conhecido como Cachoeirinha ou Itamembé (água que corre da pedra, em tupi). O Judas Tadeu administrou o distrito por anos, então o que não falta é causo de lá pra contar e nossa equipe escutou alguns. O lugar cresceu em volta de uma cachoeira e se desenvolveu após a construção da igreja por um padre de Cláudio, que deu nome à região. A produção de churrasqueiras é destaque na economia local.

Na comunidade de Corumbá, se tem alguém pra falar sobre o desenvolvimento da região, é o Benício. Pedreiro, ele ajudou a construir praticamente tudo por lá, da igreja às casas. Já em Cláudio, atuou na rodoviária, parque de exposições e até no cemitério.

Na bela Fazenda do Tumilo, a simpática Dona Lourdes recebeu a equipe do jeito que mineiro gosta: com um queijinho e conversa boa. Moradora do local há 40 anos, contou que tentaram impedi-la de morar lá, dizendo que a fazenda era mal assombrada. Isso porque escravos trabalharam na fazenda, que tem mais de 300 anos.

Nossa equipe sai de Cláudio, rumo a Pedra do Indaiá, com lembranças de boas prosas e belos lugares (e nenhum fantasma).