A viagem mal começou e já está marcada pela saudade. A equipe do Estações segue de BH, rumo ao Norte de Minas, para conhecer a história do Trem do Sertão, que transportava passageiros até 1996 e ainda hoje é lembrado com carinho.

Na primeira parada, em Curvelo, a equipe visitou alguns pontos turísticos e o projeto Dedo de Gente, um local de aprendizado para os jovens da região, que conhecem no artesanato toda a mineiridade e riqueza do sertão. Na estação de Curvelo, não só a arquitetura do local e dos prédios ao redor são preservadas, mas também sua história: ela abriga um museu municipal. Quem contou um pouco desse passado foi o Seu Edmundo, último agente da estação, que ainda mora em um dos prédios ao lado. E não é a primeira vez que ele vai parar na televisão por causa do trem: participou como figurante da novela Irmãos Coragem, que teve cenas gravadas na estação.

Já no distrito de Mascarenhas, uma outra realidade. Lá a estação luta para ficar de pé. Emocionado, Seu Sílvio compartilhou os cuidados que tem pra manter, de forma improvisada, a antiga estrutura erguida. Há um projeto de criação de um centro cultural no local e a Prefeitura de Curvelo aguarda a cessão do espaço pelo DNIT.

Em Corinto, cidade que era estratégica para a ferrovia, com entroncamento de quatro ramais (do Sertão/Montes Claros, Pirapora, Diamantina e Bahia-Minas) e escola profissionalizante, um papo com três antigos ferroviários – todos com mais de 80 anos e muitas memórias – e com Jorge Patrício, fundador da Academia Corintiana de Letras. O escritor esteve na última viagem do Trem do Sertão, em 1996, em um vagão reservado a jornalistas e escritores. No momento histórico pelos trilhos de Montes Claros a Monte Azul, um misto de felicidade e tristeza. Nossa equipe irá conversar com outras pessoas que fizeram esse trajeto, então fique de olho. Por aqui, a viagem continua…