Minas Gerais tem muitas histórias preservadas em suas cidades e pelo povo. Em Lagoa Santa, é a história natural que revela nosso passado. A região abriga um rico patrimônio arqueológico e paleontológico e tem registros milenares de ocupações humanas.

Nossa equipe visitou o CAALE- Centro de Arqueologia Annette Laming Emperaire, que conta com mais de 20 mil peças arqueológicas e até armazena peças de outros estados. Lá, o historiador Cleiton ressaltou a importância da preservação arqueológica e destacou o crânio de Luzia – fóssil humano mais antigo encontrado na América do Sul, com cerca de 12.500 a 13.000 anos – encontrado na região próxima a Lagoa Santa.

No Parque do Sumidouro estão localizados a gruta da Lapinha, destino frequente de turistas e também excursões escolares (quem aí já visitou a gruta na época de escola?), e o Museu Peter Lund. A gruta tem mais de 500 metros de extensão e 40 de profundidade. Impressiona com seus belos salões, galerias e labirintos. Alguns deles ainda em formação, já que apresentam gotejamento constante.

A natureza também proporciona bons momentos ao ar livre para a população local. A equipe visitou a Lagoa Olhos D’Água, utilizada para caminhadas e passeios de família, especialmente nos fins de semana.

A Rota das Doceiras permite aos turistas experimentarem doces caseiros, comuns na cidade. Nossa equipe visitou a Adélia, da Dona Roxa, e as donas Alda, 87 anos, e Ilda, 89, as Irmãs Argentinas, que até hoje fazem doce no fogão a lenha. As três aprenderam a arte com suas mães.

Você sabia?
O naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund é conhecido como pai da paleontologia brasileira. Viveu em Lagoa Santa por quase cinco décadas, onde encontrou mais de 12 mil fósseis. Fez descobertas arqueológicas de grande interesse científico, como a convivência entre seres humanos e mastodontes.