O Minas da gente chegou na pequena Pedra do Indaiá, que já foi conhecida como Vargem e pertenceu a Itapecerica. Aliás, o nome do município tem uma origem curiosa, que revela a tradição de do local. No começo do século 19, uma imagem do Senhor Bom Jesus foi encontrada em um dos morros da região. O povo, religioso, logo considerou a imagem um sinal e assim o lugar passou a se chamar Senhor Bom Jesus da Pedra do Indaiá. Com o desenvolvimento – talvez reforçado pela vontade do mineiro de cortar palavras e expressões – o nome foi reduzido para Pedra do Indaiá. Dizem que um português roubou a imagem em Itapecerica, mas não se sabe para onde ela seria levada.

Quem contou essa história foi a Maria Imaculada, que foi professora a vida inteira e tem uma história inspiradora. Ela começou a lecionar aos 15 anos, sem nem mesmo ter concluído todos os estudos e aprendeu a ler e escrever sozinha. Sem escola por ali, ela ia até as fazendas, onde pessoas mais ricas contratavam professores, e escutava as aulas.

A Dona Marcelina recebeu a equipe em sua casa e mostrou o local reservado a Nossa Senhora de Fátima (a imagem veio de Portugal), na frente da casa, em seu belo jardim. Muitos passam por lá para rezar. Já a varanda é local de contação de história para os netos. Uma delas é a do lobisomem – que já foi visto pela própria dona Marcelina. Outra é de sua avó, mulher de muita fé que adivinhou o dia de sua morte.

O Seu Júlio, sobrinho da dona Marcelina, continuou na roça, ao contrário dos irmãos, que foram para a cidade. Ele mostrou para a nossa equipe tudo que já tinha colhido, ensacado e pesado no dia, para vender na cidade. Acompanhado do seu sobrinho, ele cantou uma música do Reinado de Nossa Senhora do Rosário.

O distrito de Lambari é conhecido pela produção de queijo. É claro que nossa equipe foi lá experimentar essa delícia da nossa cozinha.