Água verde, com ondinhas… como o mar. Assim é o trecho do Lago de Furnas (o mar de Minas) no distrito de Santo Hilário, em Pimenta. Não é à toa que atrai cada vez mais turistas.

A Rejane foi pra região quando tinha apenas 22 dias. Sabe bem a história local. Santo Hilário foi criada a partir de Capetinga, inundada pela hidrelétrica, construída na década de 60. As casas foram para um lugar mais alto, mas algumas pessoas resistiram à mudança e tiveram que ser resgatadas de helicóptero (em um fim mais trágico, outras tiraram a própria vida). O nome do distrito homenageia o botânico francês Auguste de Saint-Hilaire, que descreveu lindamente as plantas e cachoeiras da região. A Rejane, cozinheira e doceira (aprovadíssima pela nossa equipe), aprendeu a arte com a mãe. No fim de semana, a clientela do seu restaurante é formada por turistas.

Na casa Bartô, aquela dose de mineiridade pra ninguém botar defeito: queijo com goiabada e café, plantado no próprio local. E mais doces… (melhor parar por aqui para não dar água na boca de vocês)

Numa roda de 25 pessoas, dizem que 24 tocam viola. Uma tradição bem especial na região. O Charles falou da sua história com o instrumento e tocou um pouco, claro!

Tombado, o antigo forno de cal de Pimenta está sendo reformado. Apesar de perigoso, era fonte de renda de muitos. Quando criança, a Maria Lúcia sempre via as pessoas felizes após a lida lá, porque apesar de difícil, era o ganha pão dos trabalhadores. A professora é daquelas que todos conhecem. Ou, pelo menos, um de seus 10 personagens, como a Fada Aurora. Ela conta poesias e histórias. É daquelas que entra mesmo no papel.

Está imaginando de onde veio o nome Pimenta? A origem é controversa. Muitos dizem que veio de um rancho de tropeiros, que tinha uma grande moita de pimenta.

Assim chega ao fim a viagem do “Minas da gente”, com muitos causos pra contar e lugares encantadores pra mostrar. Tudo na próxima temporada, que já vem! Guenta aí mais um tiquinho…