Nada como terminar um dia de trabalho com um belo pôr do sol no rio Doce. No dia 16/06, desde cedo, a equipe da Rede Minas percorreu Resplendor e conversou com antigos ferroviários, indígenas Krenak (remanescentes dos antigos botocudos) e o contador de histórias José Antônio Moreira. Entre causos e lembranças, aprendeu sobre a fundação da cidade, o Vale do Rio Doce e sua população – a região, habitada por indígenas, recebeu imigrantes alemães e italianos. O rio e a ferrovia são marcantes na história local.

A estação ferroviária trouxe desenvolvimento, mas também desafios e lutas, em especial para a população indígena. Já o rio é grandioso por ali. Literalmente: tem cerca de 34km de extensão no município.

Em um passeio de barco, a equipe avistou a pedra Resplendor, que deu nome ao local após o comentário de um inglês que trabalhava na construção da ferrovia e ficou impressionado com o brilho do reflexo da pedra. Outra pedra famosa por ali é Lorena, já no território de Aimorés. Diz a lenda que Lorena era uma indígena que se apaixonou por um homem branco e, tendo o romance desaprovado pelo pai, jogou-se da pedra. Não foi possível comprovar se a história é verdadeira, mas uma coisa a equipe tem certeza: o quanto o rio Doce é especial para a região. Inclusive, há vários projetos que pretendem utilizá-lo para o turismo e valorização da beleza natural local.