Pequena, simples, acolhedora e cercada por natureza. Assim é Santa Rita de Ibitipoca. Como o nome já diz, a cidade faz parte do Circuito Serras de Ibitipoca, que compreende parte da região da Serra da Mantiqueira.

Na passagem da equipe do Minas da gente por lá, a praça da Igreja Matriz foi palco de apresentações culturais: das crianças do grupo de capoeira Balança Brasil e do Congado. Caracterizados, mostraram um pouco da tradição. A matriarca, Dona Mariana, tem 83 anos e há 64 participa do grupo. Seu filho hoje é o Capitão. Ela compartilhou as origens africanas da dança. Vários quilombos existiram na região.

Aliás, escravos se escondiam na gruta de Água Santa, hoje um dos principais destinos turísticos locais. Fica na Serra de Água Santa, onde é possível ver a bela região a partir de um mirante.

O Congado também foi tema do papo com o Seu Romeu e o Zé Carôla, do Distrito de Paraíso Garcia. Eles contaram sobre a tradição centenária do Congado, que começou com escravos nos quilombos. Outra história que a equipe aprendeu por lá foi da curiosa origem do nome da cidade: dizem que, quando ainda era vilarejo, foi construída uma capelinha (hoje Igreja das Mercês), onde ficava uma imagem de Santa Rita de Cássia. Só que a Santa saía de lá e andava até um local com uma árvore grande. viam até os passos dela! Assim, falavam que ela era viva e queria ficar perto dessa árvore. Então, acabaram construindo, nesse local, a Igreja de Santa Rita.

E ainda teve mais prosa: com a dona Sebastiana e a Sueli. A primeira tem 101 anos e diz que nem dores sente. Ainda faz de tudo, lava costura… Já a Sueli, produtora de queijos, doces e biscoitos, contou um pouquinho desse fazer lá no meio da Serra.